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Fotografia de João Miguel Ferreira
Declaração de Dependência - Versão 2
De 13 a 15 de dezembro de 2024
mala voadora (Rua do Almada, 277, Porto)
Sexta e sábado às 20h / Domingo às 18h
Para maiores de 16 anos
Duração entre 1h30 e 2h
Registos do processo criativo
Equipa de criação
Dramaturgia e performance Diogo Liberano Conceito visual Jérémy Tomczak Desenho de luz Tomás Ribas Direção musical e música original Rodrigo Marçal Dramaturgismo Gustavo Colombini Orientação de movimento Mayara Máximo Cenotecnia Ricardo Rabelo Participação em áudio Lucilia Liberano Produção executiva Maria Carvalho Vasquez Direção de produção Diogo Liberano Realização Platô – Pesquisa e Produção Residência Zero (participantes) Ana Luiza Rigueto, Andressa Hazboun e Jessica Di Chiara
Saiba mais sobre o projeto Declaração de Dependência
Uma investigação sobre diabetes, açúcar e amor
Nesta nova versão, o dramaturgo e performer brasileiro Diogo Liberano aborda a relação entre diabetes mellitus, açúcar e amor, unindo narrativas pessoais e novas formas de escrita cênica para questionar o impacto cultural da frase “diabéticos não podem comer açúcar”. Diabético desde os seis, o artista revisita histórias vividas de 1993 até hoje, propondo revisarmos certezas que, muitas vezes, já mortas, continuam a guiar nossas relações.
Em cena, o dramaturgo investiga três modos distintos de escrita: escrita em movimento, feita através de gestos e movimentos; escrita em leitura, feita através da leitura de histórias previamente escritas; e escrita em direto, onde ele compõe as ações e os textos de modo inédito quando diante do público de cada noite.
Declaração de Dependência – Versão 2 conta com a coprodução da Bolsa de Criação Artistas Douro, atribuída pela mala voadora, com financiamento da Câmara Municipal do Porto, e com o apoio de instituições como o CAMPUS Paulo Cunha e Silva, o MEXE Associação Cultural e o Sporting Club de São Vitor.
"[...] algo está sendo transformado agora."
O projeto começou em julho de 2024 com a Residência Zero, reunindo a equipa de criação e participantes como Ana Luiza Rigueto, Andressa Hazboun e Jessica Di Chiara. Em cinco encontros online, foram levantadas questões fundamentais para o trabalho.
Em agosto, Liberano iniciou a criação da dramaturgia, física e textualmente [veja registo filmado acima]. Surgiram novas relações entre imaginações, memórias e a própria dimensão atual da sala de ensaio. Em setembro, com a Residência Um, junto a Gustavo Colombini, Rodrigo Marçal, Jérémy Tomczak e Maria Carvalho Vasquez, artistas da equipa, a partir do material previamente criado, abriram-se desafios que nortearam a forma atual da performance.
De outubro a dezembro, com toda a equipe em ação, a performance alcançou seu gesto central: uma operação poética que destitui o protagonismo do trauma, oferecendo à vida novos arranjos, discursos e sensações.
Como afirma uma das passagens da dramaturgia:
[...] no terreno da minha memória, lua esburacada, eventos inconscientes condicionam uma espécie de vida, de homem, uma espécie.
só que algo está sendo transformado agora.
[...] pra fazer do lodo flor de lótus é preciso bem imaginar; imaginar mais, imaginar melhor: um homem-encerramento, uma espécie de homem-encerramento.
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